ANDRÉA,
Mais um aninho só, que mal que tem,
Se o pai é o mesmo e a mãe também?
Dois que fossem, nada mudaria,
Se a vida transcorre com alegria.
Os amigos, a lida, tudo permanece,
E as coisas tristes a gente esquece.
O futuro, sim, merece atenção,
Com muito esmero e reflexão.
Atenção nos cuidados do dia-a-dia,
Refletir sobre tudo com sabedoria,
Amar as pessoas com intensidade
É a melhor receita da prosperidade.
Mas essa distância, - que coisa chata! -
Nos põe afastados bem nesta data.
E eu, pai, me sinto curto de braço,
Sem poder te dar aquele abraço.
Inda bem que o tempo corre ligeiro
E logo estarei de corpo inteiro
Frente-a-frente contigo, pessoalmente,
Fazendo de mim o teu “presente
De aniversário” que hoje não dei.
Espera, assim como um dia esperei
Até que, enfim, chegaste pra gente
E me fizeste deveras contente.
De resto, só uma coisa importa dizer:
Que, aconteça o que acontecer,
Este amor que nos une será eterno
E mais apertado esse laço paterno.
Um beijo, querida, por ora é só,
E perdoa do pai este "trololó"
Sem pé nem cabeça, de improviso,
Coisa de quem não tem muito siso.
Porém pai é pai, com juízo ou não;
E mais importa que de coração
Sejam estes versos – que versos! – Enfim,
Que de melhor podes ter de mim?
Teu pai
Paulo
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