Do Oceano quero toda a profundeza;
Do Firmamento, todo o esplendor da Lua;
Do maior de todos os Poetas quero sua
Lira, encanto e arte da Natureza.
E, se mais desejo, quero a inteireza
Desses poderes, dos quais, polida e nua,
Emana essa emoção que se perpetua
No lugar-comum de minha singeleza.
Quero esses pendores, já, em prosa e rima,
Para fazer deles a matéria-prima
De meus valores, agora tão dispersos...
Que não me cobrem o merecido preço
Nem insinuem sequer que os não mereço,
E aceitem como paga estes meus versos.
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